Os presidentes da CP e do Metro de Mirandela decidem hoje, em Lisboa, se vale a pena reabrir o troço acidentado da linha do Tua, encerrado há quase um ano, e cujas obras de reposição estão concluídas desde Outubro
O último troço, dos cerca de 60 quilómetros de ferrovia que ligam Mirandela ao Tua e à linha do Douro, está encerrado há quase um ano, desde o acidente de 12 de Fevereiro em que morreram três pessoas, devido ao desabamento de pedras sobre a linha.
Os trabalhos de reposição da infra-estrutura estão concluídos desde Outubro, mas o troço mantém-se encerrado entre a Brunheda e o Tua, com o percurso a ser feito por táxis ao serviço da CP.
Os dois responsáveis vão analisar se há condições para retomar a circulação, face às restrições impostas pelo LNEC para que se circule em marcha à vista em metade da linha até ao Tua e devido às consequências da construção da barragem na foz do rio Tua.
José Silvano, presidente do Metro de Mirandela e da autarquia local, já disse que tem dúvidas «se vale a pena reabrir o troço, a uma velocidade reduzida de 10 quilómetros por hora». Outra questão em cima da mesa é a construção da barragem na foz do rio Tua, que, independentemente da cota a que for construída, irá submergir parte da linha-férrea.
José Silvano referiu ter agora «a certeza de que a responsável pelo atraso na reabertura do troço é a barragem» e reiterou que ele próprio defenderá o encerramento se a barragem cortar a ligação à linha do Douro, na foz do Tua, e consequentemente do interior ao litoral.
Lusa/SOL
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