EDP já admitiu poder baixar a cota no Tua
Autarcas querem reduzir cota da barragem para viabilizar a linha ferroviária do Tua e desenvolver projectos turísticos na região vinhateira do Douro.
Mário de Carvalho
16:22 | Sábado, 20 de Out de 2007
A Barragem de Foz Tua poderá reduzir a sua cota de forma reduzir os impactos nas zonas vinhateiras da região e permitir a circulação de comboios na ferrovia do Tua. "Tivemos uma reunião com a EDP onde a empresa admitiu no caso de ser a seleccionada para a construção da barragem reduzir a cota, disse ao Expresso José Artur Cascarejo, presidente de Câmara Municipal de Alijó.
A Barragem de Foz Tua está integrada no Plano Nacional de Barragens recentemente divulgado pelo Governo. A sua execução à cota máxima (196m) implicaria a submersão da linha do Tua onde já foram gastos cerca de 3 milhões de euros na sua recuperação e afectaria parte importante de vinhas, nomeadamente, da Adega Cooperativa de Murça. As termas de Carlão e São Lourenço (Alijó e Carrazeda de Ansiães) estariam igualmente condenadas.
José Cascarejo salientou ainda que as autarquias (Mirandela, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Murça e Vila Flor) querem que depois da construção a barragem se torne numa mais valia na região em termos e emprego e turismo: "Uma barragem não cria riqueza local. Depois de feita a zona fica um deserto. Queremos encontrar fórmulas para que esse investimento possa ser rentabilizado localmente e para isso contamos com quem vai construir a barragem".
Uma fonte de EDP, que solicitou anonimato, disse ao Expresso que a empresa "não revela a sua estratégia" para este projecto que irá a concurso público para a selecção da empresa responsável pela construção da barragem: "Apenas podemos dizer que trabalhamos com diversas cotas pelo que uma alteração na cota pode ser viável desde que a rentabilidade da barragem não seja posta em causa".
Fonte: Jornal Expresso
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