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O complexo agro-industrial do Cachão foi criado em 1964 com uma área de 9 hectares e foi responsável por larga fatia de oferta de trabalho, apoio aos agricultores e criação de riqueza da região transmontana. O grande impulsionador foi Camilo de Mendonça, conhecedor da região e seu acérrimo defensor, que pretendia valorizar e expandir as produções agro-pecuárias regionais, pela transformação industrial e consequente comercialização para o mercado interno, embora a sua maior capacidade, onde tinha maior repercussão, fosse o mercado externo.Desenvolveu unidades de fruticultura, horticultura, destilação de vinhos e azeites e criando mais mil postos de trabalho.
Os anos foram passando, mas na aldeia de Vale da Sancha, na freguesia de Frechas, permanecem os hábitos e os costumes de antigamente. Nesta localidade do concelho de Mirandela, as grandes mudanças nos últimos tempos foram a chegada da electricidade e do saneamento, condições que, por si só não bastaram para prender os jovens. Situada na encosta da serra de Bornes e rodeada por montes e montanhas, Vale da Sancha guarda uma beleza paisagística característica das terras transmontanas. É com orgulho que a população fala da imponência dos montes, que guardam a história das minas do Cabeço Figueiro e da Pedra Luz, onde, outrora, se extraiu volfrâmio. Os habitantes, que rondam as duas centenas, na sua maioria idosos, ocupam os seus dias com as actividades do campo, a lida da casa e os momentos de fé. Quem resiste em Vale da Sancha vai percorrendo as ruas, refugia-se nos dois cafés da localidade, ou senta-se na soleira da porta a fazer renda ou croché. Embora durante a semana haja alguma movimentação, é nos meses de Verão e, até, aos fins-de-semana que a aldeia ganha vida. Longe vão os tempos em que a população palmilhava a pé cerca de cinco quilómetros, por um caminho de terra batida, para apanharem o comboio em Frechas. Agora, as quatro crianças que ainda resistem em Vale da Sancha viajam diariamente de autocarro até à sede de freguesia, após o encerramento da escola primária da aldeia.Para irem ao médico, a distância aumenta para cerca de 20 quilómetros, dado que têm que se deslocar a Mirandela. A construção de um Centro de Dia, a visita de um médico e a melhoria dos transportes públicos, que só funcionam em período de aulas, são algumas das reivindicações dos populares.No entanto, o presidente da Junta de Freguesia de Frechas, Jorge Pereira, afirma que não é possível construir infra-estruturas em todas as aldeias, pelo que os habitantes de Vale da Sancha recebem apoio do Centro de Dia de Frechas. No campo da saúde, o autarca realça que a situação só vai melhorar com a chegada de uma Unidade Móvel de Saúde ao concelho de Mirandela. .jpg)
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Em 28 de Janeiro de 1875 passou a ter escola primária, embora já o Diário de 1852 deixa supor que já a tinha.
Reparemos nos dados sócio económicos em 1796 com algum interesse:
224 homens, 203 mulheres, 2 barbeiros, 3 eclesiásticos seculares, 1 pessoa literária, 3 sem ocupação, 2 negociantes, 1 cirurgião, 26 lavradores, 24 jornaleiros, 3 alfaiates, 5 sapateiros, 5 carpinteiros, 1 ferreiro, 4 moleiros, 1 barqueiro arrais, 12 pastores, 10 criados e 9 criadas.
Em 1950 tinha 823 habitantes.
Na década seguinte tinha 8 produtores de azeite abastados, 2 armazéns de azeite, (no Cachão), Casa do Povo, 4 mercearias e 2 minas de arsénio, ouro e prata, e 1 professora.
Mas em 1981 eram 1794, o que não se pode separar de dois factos importantes:
O desenvolvimento do Complexo agro-industrial do Cachão e o regresso de ex. colonos africanos após a independência dos territórios portugueses em 1974/75.
Depois, em 1991 eram 1.471 residentes e, em 2001 ultrapassava ainda o milhar: 1139.
Destes 543 eram homens.
A grande maioria destas pessoas dedicam se à agricultura e um pouco à pecuária.
Noutras actividades, apenas alguns na área do Cachão ou na cidade.
Tem bons terrenos lateralmente ao rio Tua, atravessados pela Ribeira que vai desaguar ao rio ,bem perto da povoação, para o seu lado sul.
Por isso, a par de uma agricultura aprendida de geração em geração, também se vê alguma mecanização.
Carroças e tractores ou carrinhas. Charruas e arados, enxadas, mas também estufas e técnicas agrícolas mais modernas.
Produzem abundantemente azeite, vinho, hortaliças, frutas e cereais.
Há alguma pecuária: 5 rebanhos de ovelhas e um de cabras, bem como alguns muares para os trabalhos rurais.
Em 1995 tinha 5 cafés, 3 mercearias, 1 sapataria, 2 negociantes, 1 marceneiro, 1 alfaiate, 1 ferrador, 1 sapateiro, 1 padeiro, isto na aldeia de Frechas.