sexta-feira, 27 de novembro de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O desvanecer do sonho transmontano

Aldeia do Cachão ainda é conhecida pelo colossal Complexo Industrial.
Três vezes ao dia, o silêncio e monotonia são rasgados pelo apito sonoro. Sonoridades que ressoam nas paredes degradadas e nos edifícios abandonados que já viram melhores tempos. Vestígios de um sonho que, há muito, caiu por terra e foi deixado à deriva.

Contudo, basta uma passagem pelo Cachão, na freguesia de Frechas (Mirandela), para constatar a grandiosidade e imponência das construções que, outrora, formaram o Complexo Agro-Industrial de Cachão (CAICA).

Criada na década de 60, pelas mãos do engenheiro agrónomo Camilo Mendonça (natural de Vilarelhos - Alfândega da Fé) com o apoio do Estado Novo e de Salazar, a infra-estrutura chegou a empregar milhares de pessoas. Pensado para “transformar” a agricultura e produtos transmontanos, particularmente os do Nordeste do País, numa referência a nível europeu e, mesmo, mundial, o CAIC integrava, além de infra-estruturas agro-industriais, um complexo sistema de regadio, que previa a construção de 130 barragens com paredões de terra.

Tudo que se produzia em Trás-os-Montes podia ser “enviado” para o Cachão, onde seria transformado. Castanha, hortícolas, vinho e frutícolas, entre muitos outros, depois de passarem pelo CAICA, entravam nos circuitos comerciais de Portugal, do resto da Europa e, mesmo, da Rússia ou Estados Unidos da América.
Com vista a fixar novos trabalhadores e alojar os que já laboravam no Cachão, construi-se o bairro social, também conhecido por Vila Nordeste, que acolhia mais de 100 famílias.
A par da criação deste empreendimento, foram instalados, também, alguns equipamentos de apoio, como infantário, escola primária, posto médico e centro cultural, entre outros.

Revolução de Abril “ditou” abandono do projecto

Apesar da grandiosidade e riqueza de todas as infra-estruturas a ele associadas, o CAICA entrou em decadência após a Revolução de 25 de Abril de 1974. Contudo, algumas fábricas, bem como as barragens de Alfândega da Fé, Cachão, Carvalheira, Vila Flor, Vilares da Vilariça e Vilarelhos resistiram ao abandono do empreendimento.
A situação económica complicou-se progressivamente, agravada pelo facto de Portugal passar a integrar a Comunidade Económica Europeia e porque a região ficava afastada dos principais e maiores centros urbanos e de consumo, sendo que o transporte e distribuição de produtos eram encarecidos pelas más acessibilidades.

Depois de um lento enfraquecimento económico e financeiro, o CAICAacabou por encerrar, em 1992, altura em que as autarquias de Mirandela e Vila Flor ficaram responsáveis pela administração dos imóveis.

Actualmente, ainda funcionam algumas fábricas no Cachão que empregam cerca de 200 pessoas, mas parte dos antigos funcionários do CAICA viram-se obrigados a emigrar ou procurar trabalho noutros locais da região.
in nordeste, semanário regional de informação

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Linha do Tua - Verão


Uma "viagem" na Linha do Tua de Foz-Tua a Mirandela.

Deputado socialista diz no Parlamento que a linha do Tua não tem interesse turístico


A linha do Tua não tem interesse turístico. A opinião foi defendida pelo deputado socialista Luís Vaz, eleito pelo círculo de Bragança, ontem à tarde na Assembleia da República.
Durante o debate sobre a petição da Linha do Tua apresentada há um ano pelo Movimento Cívico pela Linha do Tua e que tinha como propósito defender a linha do Tua da construção de uma barragem, o deputado afirmou que “a linha férrea deixou de ser útil para as pessoas que ali vivem e trabalham, que optaram pelo transporte rodoviário”.
Luís Vaz salientou que a ferrovia poderia ter potencial turístico, mas não diz que “não conhece um único operador turístico que se tenha interessado pela sua exploração”.
Quem não gostou de ouvir estas palavras foi a deputada do Bloco de Esquerda, Helena Pinto. “Apetece-me dizer que fiquei quase sem palavras depois de ouvir tudo o que o deputado socialista disse. Só faltou concluir com viva a barragem, viva a EDP”, ironizou.
E José Silvano diz que Luís Vaz tem inveja de Mirandela. É desta forma que o presidente da câmara de Mirandela reage às declarações do deputado socialista, eleito por Bragança, proferidas, ontem, na Assembleia da República.
O também presidente da administração da Metro de Mirandela ficou surpreendido com esta posição de Luís Vaz. José Silvano considera que “só fala de Mirandela para cima e que não conhece o Vale do Tua”. Acrescenta que Luíz Vaz vestiu a pele de “deputado por Macedo de Cavaleiros” e que “como não passa lá a linha tem inveja que ela termine em Mirandela”.
José Silvano desmente também que não haja três operadores interessados em explorar a linha do Tua. "Basta consultar o estudo que as Câmaras fizeram para constatar que há empresas interessadas".
A petição sobre a linha do Tua vai ser votada esta sexta-feira.
Eduardo Pinto/RA

Nota: É caso para dizer: Se assim fala quem devia defender a região, o que esperar dos engravatados de Lisboa?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

FARIA, ANTÓNIO EDUARDO DE OLIVEIRA


Popularmente conhecido por Coronel Faria ou o Lendário Coronel, marcou o imaginário de muitos Mirandelenses.
Nasceu a 30.9.1897, na freguesia e concelho do Mogadouro. Filho do ilustre advogado e republicano Eduardo Ernesto de Faria e da professora e poetisa Laurinda Augusta de Abreu Faria. Faleceu a 6.1.95, em Mirandela. Estudou em Bragança e a seguir ingressou na Escola de Guerra, tendo feito parte do Corpo Expedicionário Português na 1 a Grande Guerra (1914-18) e na 2.' Grande Guerra combateu nos Açores.
Como cadete conheceu pessoalmente o Presidente Sidónio Pais, tendo lhe feito guarda de honra em 14.12.1918, dia em que foi assassinado.
Foi combatente da República, sob o comando do General Hipólito Raposo, na Traulitada, em 19.2.1919, em Mirandela, contra Paiva Couceiro e as investidos da "Causa Monárquica". A sua bravura valeu-lhe a medalha Torres Espada, de Valor, Lealdade e Mérito. Sendo de destacar, entre outras condecorações, a Medalha e Crachat da Ordem Militar de Aviz e de Cristo.
Foi ainda em Vila Real, no RI n.º 13, que mais marcou a vida castrense, até chegar a comandante e passou à reserva em 1960. Foi sócio fundador do Sport Clube de Mirandela e ajudou a adquirir o estádio de S. Sebastião.
texto do sitio bragacanet.pt

segunda-feira, 18 de maio de 2009

FRECHAS E A ARTE


Junto mais um trabalho inspirado nos recantos da nossa Terra. Neste caso é o pelourinho, executado em acrílico sobre tela a partir de uma foto já antiga, antes das obras de restauro da casa do Campos. Não tenho mais porque me faltam fotos sobre as quais trabalhar, e também por falta de tempo. Gostava muito de ter tempo para fazer uma exposição só de motivos e pessoas de Frechas. De momento não é possível, mas vou trabalhar nisso.

Um abraço, Duarte Nuno

sábado, 11 de abril de 2009

SITIO DA JUNTA DA FREGUESIA



É bom saber que a Junta da Freguesia de Frechas já tem o seu sitio na net, mas é mau sabê-lo por terceiros!!!


Fica aqui o link

03-2012 - O sítio da JFF não se encontra online

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Fábrica encerrada no Cachão continua a poluir


«A laborar mas sem licenciamento»
A fábrica de extracção de óleos do Cachão, encerrada em Maio do ano passado, pelas autoridades, por falta de condições, continua a laborar.

Isso mesmo foi confirmado por vários populares ao deputado comunista da Assembleia da República, Agostinho Lopes, que ontem esteve naquela localidade do concelho de Mirandela.
Segundo o autarca José Silvano, a fábrica continua sem licenciamento para laborar e até já foi notificada a pagar uma coima, mas o caso está agora em tribunal.
“Está a laborar mas sem licenciamento” refere o autarca. Depois de em Maio ter sido decretado o seu encerramento “até agora não entrou nenhum pedido de legalização do funcionamento” acrescenta José Silvano. No entanto “com os rumores que se iam ouvindo, a câmara notificou os proprietários no sentido de a fábrica não poder laborar mas eles contestaram dizendo que não estavam a funcionar”. Ainda assim, a autarquia enviou o processo para tribunal.
Ontem mesmo, Agostinho Lopes, deputado comunista na Assembleia da República, confirmou que a unidade industrial continua a causar enorme preocupação na população e promete voltar a questionar o Governo sobre esta questão.
Agostinho Lopes constatou que a população local continua confrontada com a poluição, nomeadamente fumos e cinzas lançados pelas chaminés da fábrica de extracção de óleo de bagaço de azeitona, instalada no antigo complexo agro-industrial do Cachão, apesar de admitirem que a situação já não é tão grave após algumas obras efectuadas pela empresa.
“Ás cinco ou seis da manhã é um cheiro insuportável e com as alterações que fizeram continua a mesma coisa” afirma um habitante. “Durante o verão teve fechado para obras e construíram uma chaminé nova mas o problema continua porque as chaminés antigas ainda estão a funcionar” explica outro morador da aldeia.
Recorde-se que o deputado comunista apresentou vários requerimentos na Assembleia da República onde dava a conhecer a situação. Em Maio de 2008, o Ministério do Ambiente respondeu que a unidade industrial em causa não estava licenciada e que na análise técnica dos impactes potenciais gerados por este tipo de fábricas, podem ser identificados como passíveis de serem emitidos poluentes neurotóxicos e com grande potencial cancerígeno. Quase um ano depois, o deputado Agostinho Lopes considera grave que a situação não tenha sido analisada pelo Ministério da Saúde.
“Eu tenho uma resposta do ministério do ambiente a dizer que estas substâncias são toxinas e cancerígenas e que a fábrica nem sequer estava licenciada” recorda o deputado. “Mas passados muitos meses recebo uma resposta do ministério da saúde a dizer que o delegado de saúde não via perigo para a população, o que é contraditório” considera.
Perante a resposta do ministério do ambiente, Agostinho Lopes entende que a sub-região de saúde de Bragança devia ter feito “uma despistagem junto da população para verificar se havia ou não consequências”.
Perante isto, o deputado comunista promete agora levar novamente a situação à Assembleia da República e reclamar dos ministérios do Ambiente e da Saúde medidas para travar a poluição e as eventuais consequências para os habitantes da aldeia
Até ao momento não foi possível obter qualquer reacção por parte da empresa que é responsável por esta fábrica de extracção de óleos do Cachão.

Rádio Brigantia, 2009-04-06

Fotografias tiradas a 04/04/2009

sexta-feira, 27 de março de 2009

Presidente da Junta defende extinção de freguesias

Reforma profunda deveria apostar na agregação destas unidades

O presidente da Junta de Freguesia de Frechas (Mirandela) defende uma “reforma profunda” no poder local. Esta pode passar pela “extinção” de freguesias, em alguns casos, ou então na aposta no “associativismo”, agregando várias juntas freguesias para ganhar escala e capacidade de resposta às solicitações. Jorge Pereira entende que, face à realidade actual, “não faz sentido” que freguesias com pouco mais de uma centena de eleitores tenham precisamente as mesmas atribuições e competências que outras com milhares de eleitores. Por isso, entende que é necessário dar “uma pedrada no charco” e ter “coragem” de avançar para uma reforma. O presidente da Junta de Frechas, eleito pelo PSD, vai mais longe e até considera que muitas juntas “existem apenas no papel e não são funcionais, nem eficazes para os cidadãos”, e dá como exemplo a falta de organização administrativa. “Nas pequenas freguesias não me parece que exista gente com sensibilidade para a implementação dos regulamentos dos cemitérios ou para organizarem e conduzirem um processo de contra-ordenação”, diz. Para além disso, muitas freguesias “funcionam numa perspectiva de completa dependência hierárquica do Município”, sublinha o autarca. Jorge Pereira está a cumprir o segundo mandato à frente da freguesia de Frechas, a quarta maior do concelho de Mirandela, com pouco mais de 1200 eleitores, e admite que seja difícil dar a cara por estas reformas, mas não tem dúvidas que muita gente está de acordo. O problema é que “somos adeptos das reformas apenas quando dizem respeito aos outros”.

Críticas à ANAFRE

O presidente também não poupa críticas a direcção da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), acusando-a de estar a “descurar a defesa das pequenas freguesias do interior”. Para o autarca, não passa de uma associação “corporativista” que não se preocupa com os problemas das freguesias do interior e assim está a dar razão aos que sempre disseram que “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”. Para Jorge Pereira, a ANAFRE tem de saber lidar com a realidade e encarar a necessária reforma. Tudo é uma questão de tempo, “nem mesmo as tácticas ou o calendário dos políticos podem ignorar”, conclui.

Fonte: Mensageiro Notícias

quarta-feira, 11 de março de 2009

Frechas, da Linha do TUA

Na minha última passagem por Frechas, à descoberta dos encantos da Linha do Tua, levei comigo uma pequena máquina fotográfica que grava vídeo. Juntei alguns com as fotografias que tirei e fiz este pequeno vídeo. É a visão de Frechas a partir da Linha do Tua. As imagens foram captadas desde as Latadas até próximo do Cachão, mostrando a Linha, o rio, a estação o Túnel de Frechas, a Ponte da Carvalha, etc.
É um pouco do ambiente e da paisagem no mês de Março.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Linha do Tua no Outono


Uma "viagem" na Linha do Tua no Outono. Fotografias tiradas durante os meses de Setembro, Outubro e Novembro de 2008, entre Codeçais e Mirandela.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SOLAR DOS ARAUJOS



Quadro pintado pelo DUARTE RODRIGUES (Solar dos Araújos).
Acrílico Sobre Tela e pode ser visto em casa de seus Pais em Frechas.
Obrigado por teres visitado o meu blogue e volta sempre.